Potencial do uso da metodologia DRG para reduzir desperdícios com diárias hospitalares é abordado em podcast TerraçoCast

Diante de um cenário em que os sistemas de saúde consomem um percentual muito alto do PIB, inclusive no Brasil, é importante que o dinheiro destinado ao setor seja bem aproveitado. Contudo, a falta de informações padronizadas nas instituições dificulta a medição da performance hospitalar, a previsão dos próximos gastos e a alocação eficiente dos recursos.

Nesse contexto, o podcast TerraçoCast, do portal Terraço Econômico, citou a metodologia DRG como alternativa para otimizar os recursos dos hospitais e aumentar o acesso da população ao Sistema Único de Saúde (SUS) sem a necessidade de se fazer novos investimentos. Com o uso da metodologia DRG, é possível agrupar os pacientes com base na complexidade assistencial, o que viabiliza a previsão econômica do tratamento e ajuda a evitar desperdícios.

Um estudo elaborado pela plataforma Valor Saúde Brasil sobre o assunto também foi citado no podcast. O estudo analisou 1,3 milhão de internações ocorridas entre novembro de 2021 e outubro de 2022 (tanto no SUS quanto na saúde suplementar) e constatou que 50,3% das diárias hospitalares poderiam ter sido evitadas. Em 2022, o SUS internou 12.370.295; com a redução de desperdícios, 6.185.147 cidadãos poderiam ter sido internados nos leitos disponíveis sem a necessidade de investimentos adicionais.

Em 2021, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou uma análise do relatório de acompanhamento das atividades do Ministério da Saúde em relação ao desempenho do SUS com ênfase em unidades hospitalares. Uma das recomendações feitas foi o uso da metodologia DRG para identificar os desperdícios no setor da saúde.

Ouça o episódio na íntegra

Imagem de capa: armmypicca