Quando o assunto é assistência à saúde, a identificação do paciente emerge como uma questão crítica, afetando cada fase, desde a admissão até a alta hospitalar. Falhas nesse processo não apenas comprometem a segurança do paciente, mas reverberam em todo o sistema de cuidados.
A identificação precisa é mais do que uma formalidade; é um elo vital para assegurar que cada procedimento e tratamento seja destinado ao paciente correto, prevenindo danos decorrentes de falhas assistenciais evitáveis.
Neste artigo, mergulharemos na importância da identificação do paciente, destacando desafios enfrentados nesse processo fundamental e explorando as metas internacionais de segurança do paciente.
Por que promover a identificação do paciente?
Promover a identificação correta do paciente é essencial para garantir a segurança assistencial, sendo uma meta internacional reconhecida. Mais do que uma formalidade administrativa, é um protocolo crucial que assegura ao paciente apropriados cuidados e tratamentos, evitando danos por falhas assistenciais evitáveis.
Vamos agora explorar as razões substanciais para impulsionar essa identificação rigorosa:
Evita-se a troca de identidades
A identificação adequada do paciente é a primeira linha de defesa contra trocas de identidade, que podem resultar em administração inadequada de medicamentos, procedimentos incorretos e, em casos extremos, em cirurgias desnecessárias.
Garantir a identificação correta, desde o início, minimiza drasticamente a probabilidade desses incidentes prejudiciais.
Previne reações adversas a medicamentos
Uma identificação imprecisa pode levar à administração incorreta de medicamentos, desencadeando reações adversas e efeitos colaterais indesejados no paciente.
A confusão na prescrição de medicamentos inadequados para a condição específica de cada paciente é evitada com a identificação correta, sendo um fator preponderante para a prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos.
Fortalece a confiança do paciente
Ao identificar de forma precisa o paciente, além da proteção contra falhas assistenciais médicas, também se fortalece a confiança do paciente no sistema de saúde. Um tratamento personalizado e confiável contribui para a sensação de segurança, promovendo uma relação mais positiva entre o paciente e os profissionais de saúde.
Normativas e Metas Internacionais
A identificação do paciente como uma meta internacional de segurança não é apenas uma diretriz, mas um compromisso global estabelecido pela Joint Commission International (JCI) em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estas metas, cuidadosamente delineadas, são fundamentais para aprimorar a segurança e a qualidade da assistência à saúde em escala internacional. As metas são:
- Identificar o paciente corretamente
- Melhorar a eficácia da comunicação
- Melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância
- Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto
- Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde
- Reduzir o risco de danos ao paciente decorrente de quedas
Neste artigo, interessa-nos a primeira das seis. Esta meta visa estabelecer uma identificação segura do paciente, garantindo que os serviços e procedimentos sejam destinados precisamente à pessoa certa. Essa prática não só evita confusões e falhas assistenciais médicas, mas também estabelece as bases para uma assistência personalizada e eficaz.
Desafios na identificação do paciente
A identificação do paciente, embora crucial, enfrenta desafios complexos que permeiam todas as etapas do processo de assistência à saúde, desde a entrada até a alta do serviço.
Um dos principais desafios reside na variabilidade do estado de consciência dos pacientes. Em muitos casos, pacientes podem estar desorientados, confusos ou mesmo inconscientes, tornando a identificação precisa uma tarefa mais complexa.
Esse cenário exige estratégias adicionais para garantir que, mesmo em situações adversas, a identidade do paciente seja corretamente registrada.
Outro ponto crítico ocorre durante mudanças de leito, de setor ou de profissional dentro da instituição de saúde. Essas transições podem criar lacunas na comunicação e na transferência de informações, aumentando consideravelmente o risco de falhas de identificação.
A falta de uma abordagem sistemática e eficiente nessas transições pode comprometer a continuidade da identificação precisa do paciente. O ambiente hospitalar, muitas vezes dinâmico e multifacetado, apresenta uma série de circunstâncias desafiadoras.
A pressão do tempo, a carga de trabalho elevada e a complexidade dos casos clínicos podem contribuir para lapsos na identificação do paciente. É crucial implementar estratégias que considerem essas variáveis, garantindo que a identificação permaneça sendo uma prioridade constante.
Como a Plataforma Valor em Saúde Brasil contribui com a segurança dos pacientes
A plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil + Inteligência Artificial é uma ferramenta valiosa para instituições de saúde que buscam minimizar falhas e maximizar a segurança do paciente.
Ela usa algoritmos de aprendizado de máquina para identificar antecipadamente fatores de risco aos quais o paciente está exposto, fornece o tempo previsto de internação levando em consideração a complexidade clínica do paciente e mostra os recursos que serão necessários para o tratamento.
A ferramenta fornece alertas quando algo previsto não foi cumprido. Todos os membros da equipe multidisciplinar que estão envolvidos no atendimento tem acesso a essas informações. Acesse a página oficial e saiba mais sobre a plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil + Inteligência Artificial.
Crédito/imagem de capa: Achmad Wahyudi by iStock