Modelo Assistencial

Valor em Saúde: Métricas para um Sistema de Saúde Baseado em Valor

DRG Brasil
Postado em 12 de setembro de 2024

Valor em saúde nada mais é do que a entrega de valor como o objetivo fundamental dos sistemas de saúde modernos. 

No contexto atual, em que os recursos são limitados e a demanda por cuidados de saúde de qualidade é crescente, é crucial adotar abordagens que eliminem desperdícios e melhorem os resultados baseados em valor para os pacientes. 

Assim, um sistema de saúde baseado em valor visa maximizar a qualidade assistencial ao menor custo possível, garantindo uma experiência positiva para o paciente ao longo de sua trajetória no sistema.

O que é Valor em Saúde?

Valor em saúde pode ser definido como a qualidade assistencial dividida pelo custo total dos cuidados prestados, incluindo a experiência do paciente. 

Ou seja, essa abordagem enfatiza a importância de entregar o melhor cuidado possível, utilizando recursos de maneira eficiente e eliminando procedimentos desnecessários. 

Contudo, o oposto de valor é o desperdício — qualquer uso de recursos que não contribua para melhorar os resultados de saúde dos pacientes.

O que é medição de Valor em Saúde? 

A medição de valor em saúde é um processo multidimensional que vai além dos indicadores tradicionais de desempenho. 

Dois dos principais referenciais internacionais para a medição de valor em saúde são os critérios do Institute of Medicine (IOM) e do Institute for Healthcare Improvement (IHI).

O IOM define seis domínios de qualidade que são essenciais para um sistema de saúde de alto valor:

  1. Segurança: Evitar danos aos pacientes durante o cuidado.
  2. Eficácia: Fornecer serviços com base na ciência e evitar o uso excessivo ou insuficiente de cuidados.
  3. Centralidade no paciente: Garantir que os cuidados respeitem e respondam às preferências, necessidades e valores dos pacientes.
  4. Oportunidade: Reduzir atrasos que possam prejudicar a saúde dos pacientes.
  5. Eficiência: Evitar desperdícios, incluindo tempo e recursos.
  6. Equidade: Garantir que a qualidade do cuidado em saúde não varie por características pessoais como gênero, etnia, localização geográfica ou status socioeconômico.

O IHI complementa esses domínios com seu Triple Aim, que propõe três dimensões para a otimização dos sistemas de saúde:

  1. Melhoria da experiência do paciente: Incluindo qualidade e satisfação.
  2. Melhoria da saúde da população: Aumentando os resultados de saúde em nível populacional.
  3. Redução dos custos per capita de cuidados de saúde: Tornando o sistema mais sustentável economicamente.

Metodologias para medição

Resultados Relatados pelo Paciente

Aqui, um componente essencial para um sistema de saúde baseado em valor é a medição de desempenho, que inclui tanto métricas de qualidade clínica quanto medidas de resultados relatados pelos pacientes (Patient-Reported Outcomes Measures - PROMs). 

Essas métricas ajudam a capturar a experiência do paciente e os resultados percebidos, indo além dos indicadores tradicionais de saúde, como taxa de mortalidade e morbidade.

Contudo, as PROMs são frequentemente utilizadas para avaliar o impacto de tratamentos na qualidade de vida dos pacientes, bem como a eficácia das intervenções realizadas. 

Portanto, ao incluir a perspectiva do paciente, os sistemas de saúde conseguem alinhar melhor suas práticas com as necessidades e expectativas de quem está sendo atendido.

Neste cenário, o International Consortium for Health Outcomes Measurement (ICHOM) desempenha um papel fundamental na padronização da medição de desfechos em saúde globalmente. 

O ICHOM desenvolve conjuntos de medidas padronizadas para diversas condições de saúde, conhecidas como Standard Sets, que incluem desfechos clínicos e relatados pelos pacientes. 

Essas medidas são projetadas para capturar o que realmente importa para os pacientes, como a qualidade de vida, a funcionalidade após o tratamento e a satisfação com o cuidado recebido.

Logo, a adoção dos Standard Sets do ICHOM permite que sistemas de saúde, hospitais e clínicas comparem seus resultados baseados em valor de maneira consistente, identifiquem melhores práticas e promovam a melhoria contínua na saúde

Ao focar nos desfechos que importam para os pacientes, o ICHOM ajuda a alinhar os cuidados de saúde com o valor real gerado para os pacientes, facilitando a transição para modelos de saúde baseados em valor.

O Papel dos Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG) mais Inteligência Artificial na medição de valor em saúde

Para alcançar o valor em saúde em uma instituição, é essencial focar em quatro alvos principais:

  1. Uso eficiente do leito hospitalar: Garantir que os pacientes permaneçam hospitalizados apenas pelo tempo necessário para o tratamento seguro.
  2. Aumento da segurança assistencial: Reduzir ao mínimo os eventos adversos e complicações durante a assistência.
  3. Redução de internações evitáveis: Evitar hospitalizações desnecessárias por meio de intervenções precoces e eficazes na atenção primária.
  4. Diminuição de readmissões hospitalares não planejadas: Prevenir readmissões por meio de uma transição de cuidados adequada e suporte contínuo ao paciente após a alta hospitalar.

Em suma, a metodologia dos Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG) se destaca. 

Em resumo, essa metodologia classifica os pacientes em grupos homogêneos com base na complexidade assistencial, permitindo uma gestão mais eficiente dos leitos hospitalares e uma análise precisa dos custos e resultados dos tratamentos. 

Logo, ao categorizar os pacientes, o DRG ajuda hospitais e operadoras de saúde a otimizar o uso de recursos, melhorar a segurança do paciente e reduzir a sinistralidade.

Contudo, como o próprio nome diz, o DRG é uma ferramenta amplamente utilizada para melhorar a eficiência clínica e a transformação da qualidade assistencial com saúde baseada em valor do atendimento hospitalar.

Histórico da Metodologia DRG

Essa metodologia, desenvolvida inicialmente na década de 1970 nos Estados Unidos, permite que os hospitais classifiquem os pacientes com base na condição clínica que determinou a internação, as complicações associadas, procedimentos realizados e outras variáveis. 

Pois, ao agrupar pacientes com características clínicas e riscos similares, o DRG torna o consumo de recursos mais previsível e comparável.

Em suma, ao utilizar a metodologia DRG, os hospitais podem melhorar significativamente o giro de leitos, diminuir o tempo de permanência hospitalar desnecessário e reduzir a ocorrência de eventos adversos. 

Por isso, a metodologia DRG apoia a transição segura do cuidado e facilita a desospitalização segura, promovendo melhores resultados clínicos e operacionais.

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A Plataforma Valor Saúde by DRG Brasil + IA na Medição de Valor

O DRG Brasil é o software nacional do sistema de Grupos de Diagnósticos Relacionados, que classifica pacientes internados com base na complexidade assistencial e nos recursos necessários para o cuidado de acordo com as características da população brasileira e do nosso sistema de saúde. 

Logo, o DRG Brasil utiliza, além do algoritmo padrão, algoritmos de inteligência artificial (IA) para analisar grandes volumes de dados de saúde.

Além disso, a IA é usada para identificar padrões que podem indicar ineficiências e oportunidades para melhorar os resultados clínicos e operacionais. 

Além disso, a metodologia multinível do DRG Brasil permite uma análise detalhada dos diferentes aspectos do cuidado, desde a admissão até a alta hospitalar, facilitando uma gestão mais precisa dos recursos. 

Ou seja, esses recursos analíticos compõem a Plataforma Valor Saúde by DRG Brasil + IA.

Veja aqui como os melhores hospitais estão impulsionando seus resultados com a Plataforma Valor Saúde by DRG Brasil + IA.

Em suma, a plataforma é fundamental para processar informações complexas e fornecer elementos sobre como otimizar o uso de leitos hospitalares, melhorar a segurança do paciente e reduzir a sinistralidade. 

Portanto, a IA ajuda a identificar quais pacientes podem se beneficiar de cuidados ambulatoriais em vez de internações prolongadas, bem como prever quais pacientes estão em risco de readmissão ou complicações, permitindo intervenções mais proativas e eficazes.

Conclusão

Portanto, a implementação de métricas para um sistema de saúde baseado em valor é fundamental para melhorar a eficiência clínica, a qualidade e a segurança dos cuidados prestados. 

Em suma, ao focar na eliminação de desperdícios e na entrega de valor, os sistemas de saúde não só melhoram os resultados clínicos.

Mas, também aumentam a satisfação do paciente e reduzem os custos, beneficiando toda a sociedade. 

Por fim, a utilização de metodologias robustas de medição proporciona um framework abrangente para alcançar um sistema de saúde verdadeiramente baseado em valor.

Chegou até aqui? Saiba como a metodologia DRG Brasil pode beneficiar a sua instituição de saúde e melhorar os modelos de governança clínica com a redução de desperdícios.


Imagem: rawpixel by freepik

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