A necessidade de uma maior sustentabilidade em saúde nos hospitais filantrópicos é real em um cenário econômico e político atual indica que não haverá novos recursos para o SUS, e o risco de agravamento do subfinanciamento crônico.
Logo, esse subfinanciamento é exacerbado pelo teto dos gastos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), houve uma queda acentuada no valor per capita do piso, de R$ 615 em 2013 para R$ 573 em 2020, e a pressão para retirar recursos da saúde continua no governo atual.
É um falso dilema discutir se a causa dos problemas do SUS é o subfinanciamento ou o uso eficiente dos recursos, pois ambos são fatores contributivos.
No entanto, o que está ao alcance dos gestores hospitalares é a busca pela eficiência no uso desses recursos.Com isso, cada vez mais uma gestão baseada em sustentabilidade em saúde é uma necessidade dos hospitais filantrópicos.
A revolução silenciosa na gestão de saúde começando com a contribuição do DRG Brasil
Uma revolução silenciosa está acontecendo na gestão de saúde com a adoção do DRG Brasil em 562 hospitais e em sistemas de saúde que atendem 36,2 milhões de brasileiros.
O DRG Brasil é um potente medidor de desperdícios na operação hospitalar. Constatou-se que 42,4% das diárias utilizadas para tratar pacientes são desperdícios potencialmente gerenciáveis pelo hospital, o que poderia gerar caixa adicional para as instituições.
Tratar os mesmos pacientes com 42% a menos de utilização hospitalar pode ser a diferença entre ser ou não ser sustentável.
Quais são as causas desse desperdício?
A sustentabilidade em saúde é um desafio e pode ser identificada muitas causas para o desperdício em atendimentos do SUS. São elas:
- Hospitalizações cirúrgicas evitáveis: Um serviço de cirurgia ambulatorial integrado a uma transição de cuidados para o domicílio e incentivos econômicos para médicos e hospitais têm demonstrado alta eficácia na prevenção de internações cirúrgicas desnecessárias.
- Ineficiência no uso do leito hospitalar: O aumento da permanência hospitalar, além do esperado pela complexidade clínica, pode ser causado por:
- Falhas no processo assistencial hospitalar (e.g., atraso de exames).
- Burocracia nas relações do hospital com o comprador de saúde (e.g., demora para autorizações).
- Falhas na comunicação com a família e o paciente (e.g., demora na tomada de decisão).
- Ausência de recursos extra-hospitalares para continuidade dos cuidados.
- Problemas jurídicos e sociais.
- Eventos adversos pós-alta: Eventos adversos que se manifestam ou se agravam após a alta e a transição inadequada do cuidado hospitalar para o nível ambulatorial podem determinar reinternações precoces potencialmente preveníveis.
Como fazer a melhor gestão para alcançar a sustentabilidade em saúde?
Uma gestão eficaz é um dos pilares fundamentais para garantir a sustentabilidade em saúde e a qualidade dos serviços, colocando o paciente no centro do cuidado.
No entanto, como vimos no artigo, um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições é o desperdício, que pode se manifestar de diversas formas, desde a utilização ineficiente de recursos até processos administrativos burocráticos.
Com isso, para melhorar a gestão de saúde, é crucial identificar e abordar as causas subjacentes do desperdício.
Neste cenário, estratégias e práticas podem ser adotadas para gerar economia e, consequentemente, otimizar a gestão de saúde.
É nessa trajetória de aumento da eficiência hospitalar e segurança assistencial que o ecossistema da plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil + Inteligência Artificial tem atuado na sustentabilidade em saúde, possibilitando:
- Aumentar o acesso da população aos serviços de saúde com os mesmos recursos: Como é o caso da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, que, junto a sete hospitais filantrópicos, conseguiu dar acesso a mais de 20.000 pacientes no primeiro ano de implantação, graças ao aumento da eficiência hospitalar. Esse esforço rendeu à Prefeitura de Belo Horizonte um prêmio internacional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pela redução do tempo de internação hospitalar.
- Economia significativa ao setor saúde: A Federação dos Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (FEHOFES) e a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (SESA ES) colaboraram para aumentar o acesso da população capixaba aos serviços de saúde. Conforme publicado em 13 de maio de 2024 no portal Saúde Business, o aumento do acesso ao SUS pode gerar uma economia de R$ 22 milhões a partir da implementação do novo modelo de contratação proposto pela SESA ES através da PORTARIA Nº 076-R, DE 19 DE MAIO DE 2022.
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Conclusão
Em conclusão, os desafios para a gestão de saúde hospitalar são muitos, mas também não faltam soluções viáveis e casos reais de sucesso a serem seguidos.
Embora o subfinanciamento não pareça solucionável a médio prazo, é possível alcançar a sustentabilidade em saúde nos hospitais filantrópicos por meio do aumento da eficiência e da segurança assistencial.
Portanto, essa é uma meta alcançável e essencial para garantir que essas instituições continuem a fornecer serviços de alta qualidade aos pacientes, mesmo em face de recursos limitados provindos do SUS.
A adoção de práticas sustentáveis com o apoio da plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil + Inteligência Artificial, pode resultar em benefícios significativos tanto financeiros quanto operacionais.
Além disso, o engajamento da comunidade e a colaboração com outras organizações e setores são fundamentais para fortalecer a capacidade dos hospitais filantrópicos de enfrentar desafios futuros.
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Imagem de capa: Freepik