Veja 7 formas de transformar a assistência ao paciente para engajá-lo no próprio cuidado
DRG Brasil
Postado em 8 de outubro de 2021 - Atualizado em 28 de setembro de 2023
A qualidade na assistência ao paciente é um dos elementos essenciais para a entrega de valor em saúde. Por trás disso, existem diversas premissas a serem praticadas. Por exemplo, não basta apenas realizar atendimentos por si só. É preciso lidar com as incertezas, se adaptar às mudanças, proporcionar os melhores desfechos clínicos e fazer com que os pacientes se sintam plenamente satisfeitos com a prestação de cuidados.A fim de alcançar tal objetivo, sistemas de saúde modernos têm adotado uma metodologia que envolve 4 pilares, sendo um deles o engajamentodo paciente no próprio cuidado. Continue com a leitura e saiba mais!
O que é a assistência ao paciente?
Falar em assistência ao paciente é falar não apenas nos cuidados com a saúde, mas, principalmente, na forma como são praticados. Por muitos anos, a humanidade fez uso do modelo reativo. Nele, esperava-se surgir algum sintoma para, então, partir para a busca do tratamento.Com os avanços, vieram a Medicina preventiva e a Medicina preditiva, que consistem em formas de agir com mais proatividade, tendo essa última o impreterível apoio do que há de mais moderno na tecnologia. Afinal, calcular a predisposição no desenvolvimento de determinada doença exige análises bastante complexas.De forma geral, pode-se afirmar que os três modelos fazem parte da assistência ao paciente, tendo cada um deles seu status de importância.
Qual a importância da experiência do paciente na assistência?
A experiência do paciente remete às vivências e percepções que ele tem durante toda a relação com a instituição de saúde. Ao optar por determinado hospital, a pessoa possivelmente avaliará:
Falhas em quaisquer desses pontos podem influenciar negativamente a experiência do paciente. Portanto, todos os aspectos em questão devem ser considerados quando objetiva-se otimizar a assistência.
Quais são os 7 passos para melhorar a assistência ao paciente com a cocriação do cuidado?
Para uma experiência positiva, é importante considerar as melhores maneiras de envolver o paciente em seu próprio cuidado. Confira algumas iniciativas que podem contribuir para o alcance dessa proposta e melhoria da assistência ao paciente!
1. Identifique os riscos e evite eventos adversos
Sem dúvida, garantir a segurança do paciente é um fator fundamental. Para tanto, é preciso adotar medidas que identifiquem possíveis riscos, afastem eventos adversos, diminuam readmissões preveníveis e confiram o uso eficiente dos leitos.Afinal, a partir do momento em que o paciente e sua família escolhem determinada instituição para tratar a saúde é sinal de que estão confiando plenamente nela. Cabe ao hospital e à operadora de saúde fazerem tudo o que está ao alcance para agir de forma ética e responsável.
2. Invista em práticas para criar valor
Há bastante tempo no foco de discussões de saúde baseada em valor, a modalidade de remuneração tende a influenciar a qualidade nos serviços dos profissionais e, com isso, os resultados entregues.Alguns modelos funcionaram bem durante anos, porém, hoje em dia, já demonstram que, além de incentivar o mau uso dos recursos, não valorizam o empenho do médico para aumentar a efetividade do tratamento.Repensar as práticas adotadas pela instituição, portanto, é essencial para criar um ambiente favorável à participação do paciente em seu cuidado.
3. Busque adaptar-se rapidamente
O mundo VUCA — sigla cuja tradução abrange as expressões volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade — reforça a necessidade de investir constantemente em novos recursos para criar valor às pessoas.A ideia é dizer que, no mundo atual, nada é fixo, as coisas mudam rapidamente, há diversas possibilidades de caminhos e fazer escolhas não é simples. No entanto, ao mesmo tempo, existem estratégias para driblar tais desafios.Um exemplo de aplicação na área da saúde está relacionado à pandemia de Covid-19 : um momento de grande incerteza, que exige intensos estudos para identificar as melhores maneiras de combater o vírus. Assim, é possível oferecer aos pacientes não só o suporte necessário para tratar a doença, mas também as devidas orientações para preveni-la.
4. Valorize a comunicação e a escuta ativa
A comunicação é a base para o engajamento do paciente no próprio cuidado. Assim, o repasse de informações e as discussões relacionadas à saúde, além de acontecerem entre a equipe multidisciplinar, devem se estender ao paciente e sua família.Eles precisam estar munidos de informações claras e confiáveis.É necessário ter em mente que qualquer adoecimento — ou iminência dele — pode causar sentimentos diversos, já que mexem com a vulnerabilidade humana. Paciente e família sentem medo e angústia. Assim, precisam entender o que está acontecendo, inclusive para ajudar na tomada de decisão.Sem contar que quando o paciente entende exatamente “o que e por que” precisa fazer algo, maior é a probabilidade de seguir os cuidados no pós-alta e se engajar nas práticas preventivas. Isso torna os resultados mais efetivos e diminui os custos assistenciais.
5. Trabalhe com evidências científicas
Falando mais uma vez na ética e na responsabilidade, uma boa assistência ao paciente exige práticas baseadas em evidências científicas. Então, além de os profissionais estarem por dentro das melhores intervenções para cada caso específico, devem ter a devida experiência prática e avaliar as características individuais do paciente — o que envolve, também, a opinião e preferência dele no tratamento que receberá.
6. Não imagine, mensure
Contar com informações claras e tomar decisões que tenham base científica também são imprescindíveis para oferecer valor em saúde.É preciso saber se todas essas ações estão apresentando os resultados esperados, entender a percepção do paciente acerca do tratamento, calcular os riscos aos quais cada intervenção está propensa, entre outros aspectos.Para tanto, a empresa deve investir em análises críticas, pesquisas de satisfação, checklist da gestão de riscos, monitorando os eventos e demais meios de mensuração de dados cabíveis.
7. Use a tecnologia
Sem a tecnologia, não tem como colocar todas essas iniciativas em prática. Por meio de plataformas de governança clínica, é possível coletar dados reais, ter informações claras, realizar melhores diagnósticos, conhecer o estado de saúde dos pacientes, prever uso de leitos e o tempo de internação, acompanhar a recuperação do paciente em casa e facilitar a comunicação dele com os médicos. Assim, a educação em saúde é reforçada, e ele se engaja mais em todo o processo.Em suma, prezar pela boa assistência ao paciente é fundamental — e isso pode ser alcançado mais facilmente ao estimular a cocriação do cuidado. Portanto, mantenha-se atualizado em relação às melhores práticas e recursos que podem contribuir para uma atuação mais efetiva da sua equipe e integração com os pacientes.Que tal começar entendendo as possibilidades viabilizadas pela inteligência artificial na saúde? Confira nosso conteúdo sobre o tema e prepare-se para acompanhar essa evolução!Créditos/Imagens:Imagem destacadaImagem do texto
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Direitos autorais: CC BY-NC-SA Permite o compartilhamento e a criação de obras derivadas. Proíbe a edição e o uso comercial. É obrigatória a citação do autor da obra original.
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